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  • Foto do escritorTalita Souza

Um momento de ajuda: Psicologia em tempos de pandemia

Com inúmeros tabus ainda enfrentados, Ludmyla Cristiane ressalta nesse papo de segunda o enfrentamento de emoções ao encarar de frente a realidade do paciente, momentos marcantes e atendimentos remotos.




TALITA SOUZA – E aí amores! Tudo bem com vocês!? Este é o 4º episódio do #CADACURSOCONTA, e como entrevistada, trouxe a psicóloga Ludmyla, para entender mais sobre essa área que muitos desejam, mas que ainda há certos preconceitos contra (querendo ou não, toda profissão tem lados). Todavia, tenho a certeza ser um curso incrível que vocês irão adorar conhecer! Vou deixá-la se apresentar agora.

LUDMYLA CRISTIANE – Olá pessoal, sou a psicóloga Ludymila Cristiane e tenho 27 anos. Me formei em 2014 na Cruzeiro do Sul, e me encontro trabalhando na psicologia clínica.

Bom, escolhi a clínica atualmente para trabalhar voltada a mulheres, principalmente em situações de estabilidade emocional para trabalharmos um pouco do fortalecimento da autoestima e controle da ansiedade, que principalmente nesse momento de pandemia torna-se algo essencial. Agradeço também o convite feito para estar aqui hoje.

TALITA SOUZA – Eu que agradeço por esse tempo dedicado, não somente a mim, como também aos que cogitam em seguir tal profissão! Então, nos conte um pouco, como foi a tomada de decisão, na época que cogitava outros rumos?

LUDMYLA CRISTIANE – De princípio não foi algo fácil, acredito que assim que saímos do ensino médio, a escolha da carreira é muito difícil. Eu iniciei a faculdade com 17 anos, acho que essa parte da adolescência que nos tornamos adultos é um dos momentos mais complicados para a tomada de decisões. Minha pessoa tinha muitas incertezas, pois eu gostava bastante de rotina de escritório, entende? Trabalhar com metas etc. Por isso, acreditava que a psicologia não podia me trazer isso, porém, comecei a gostar de administração, de departamento pessoal (que até cheguei a trabalhar) e pude perceber no RH (recursos humanos), que existia essa possibilidade de rotina e trabalhar com pessoa. Sem contar no pessoal que me dizia que era boa ouvinte e conselheira, então vamos por esses caminhos também. E, fazendo pesquisas sobre a área de atuação, gostei e resolvi iniciar em 2010, cheia de dúvidas e incertezas, mas deu super certo.

TALITA SOUZA – Ainda bem! Muitas vezes vamos por um lado sem 100% de certeza, entretanto, em alguns momentos damos certo, outros não! Não que isso seja um motivo para desistir, já que a cada momento nos redescobrimos. Tenho colegas que acabaram mudando no meio do curso para outro, mas foi a melhor coisa que fizeram, pois não era aquilo que eles queriam realmente. Logo, compensa bem mais parar no meio da graduação do que você terminar aquilo que você não quer, pois irá gastar dinheiro, saúde mental, entre outros fatores.

LUDMYLA CRISTIANE – Isso mesmo! A faculdade não é algo fácil, você deve se doar aos 4/5 anos para aquilo, por isso é ruim você se manter no curso que não é aquilo que deseja só para terminar ou agradar alguém. Portanto, se perceber que não é realmente aquilo, saia.

TALITA SOUZA – Com toda a certeza! Acho que é uma pergunta válida que irei fazer, pois acredito que muitas pessoas tem esse interesse: Quando conversa com mulheres que carregam traumas, como vocês faz para não misturar as coisas, sem ficar com a história na cabeça, ou, caso fique, de qual maneira você faz para focar na sua vida pessoal?

LUDMYLA CRISTIANE – Há muitos momentos que são impossíveis não se emocionar, pois sou humana também, e ainda lidando com mulheres que muitos sentimentos delas são os meus, é difícil não haver um envolvimento. Contudo, como profissional, tento sempre separar as histórias, e quando é uma situação envolvente demais que eu não consiga separar meu pessoal, posso optar por não atender o indivíduo, caso seja uma trajetória parecida com a que passo, o recomendado é que eu a encaminhe para outro psicólogo.

Todavia, todo psicólogo faz terapia! Portanto, questões que talvez eu não lide tão bem, irei trabalhar na minha própria terapia, ou seja, todo psicólogo também tem um, o que é essencial.

TALITA SOUZA – Eu mesma cheguei a fazer, entretanto tive que sair por motivos pessoais, mas penso seriamente em voltar um dia! Às vezes nos sentimos tão acelerados na rotina que esquecemos em focar em nós mesmos. Por isso, acredito que aquele momento ali na terapia seja um foco em você e suas ações somente, certo?

LUDMYLA CRISTIANE – Exato, é um ponto e espaço só seu. Onde você pode falar, ficar em silêncio e refletir, já que, às vezes só falar já se torna muito terapêutico, ouvindo em voz alta seus próprios pensamentos. Então, é um ato de autocuidado também!

TALITA SOUZA – Passando para a faculdade: teve algum momento único em que a fez perceber que era realmente aquilo que você queria?

LUDMYLA CRISTIANE – Não tenho apenas um momento, e sim pequenas lembranças que me incentivaram muito, tirando minhas incertezas no decorrer do curso que me faziam crer que era para eu estar ali mesmo.

Eu iniciei o curso em um campus de manhã, e no 2° ano da faculdade fui obrigada a mudar para o período noturno, então isso tudo também foi drástico. Com o tempo fui indo para matérias optativas, vendo como o profissional atua na medicina forense etc.

Em alguns casos em que os professores traziam (geralmente discutíamos sobre) eram excepcionais! Descobríamos lugares que nem imaginávamos que o psicólogo poderia trabalhar, e isso foi dando força para continuar ali.

Tive professores que trabalhavam em prefeituras, no quesito de adoção, delegacia da mulher que foram momentos que me marcaram demais com muitas histórias, casos emocionantes que conseguiram nos mostrar que uma crença (aqueles pensamentos sabotadores) pode destruir a vida de alguém, e do quanto é importante um psicólogo para modificar isso e conseguir mudar a vida dela, não importa o sofrimento, caso ela tenha uma pessoa que consiga demonstrar para ela qual o caminho, o que está fazendo de errado, qual rumo tomar, conseguimos modificar. Então, tudo que aprendemos na vida conseguimos mudar, independente se for errado, ou a sociedade olhe diferente, se aquilo for um pensamento que te causa sofrimento, com o profissional da área conseguimos superar! E isso foi lindo! Perceber o quão importante é ter nossa saúde mental em dia, e me motivou cada vez mais a estar aberta para me tornar uma profissional habilitada dentro desse setor.

TALITA SOUZA – Admiro muito, porque quem não está ali fica com o pensamento “Meu Deus, como deve ser ter uma conversa e não se envolver psicologicamente?” Eu mesma iria ficar abalada, me conheço e sei disso! Por essa razão, é algo belo, você esquece de você mesma para o outro, o que é algo que o mundo necessita!

LUDMYLA CRISTIANE – Sim, alguns não conseguem mais escutar o outro, geralmente eles falam e queremos falar junto, acredito que agora, com essa pandemia, é essencial a existência dos profissionais que consigam parar e dar a escuta total para os indivíduos.

Nós somos seres humanos, eu também já chorei junto ao paciente, às vezes é algo muito forte, então não há problema em chorar junto, isso somente mostra que você está ali junto dela. Claro, sem desabamentos com a tristeza do paciente, mas sim, já me emocionei e me recompus ali ao lado dela e com isso, seguimos uma linda trilha de conseguir fazer a mudança acontecer.

TALITA SOUZA – Muito bonito mesmo! Acho que agora, é uma grande dúvida para alguns, poderia especificar para nós a diferença entre psiquiatra e psicólogo?

LUDMYLA CRISTIANE – O psicólogo irá fazer a terapia e o acompanhamento junto a você geralmente, semanal por uns 50min. Cada um tem sua abordagem, eu sou da TCC (Terapia Cognitiva Comportamental) focada no presente e na resolução de problemas com objetivos, tarefas, tentando modificar os pensamentos do agora. Já o psiquiatra, basicamente te indicará a medicação correta, algo que o psicólogo não pode fazer. É um médico de formação que foi para a psiquiatria, então irá te indicar os melhores medicamentos. Nem todos precisam de terapia e medicação, todavia, para alguns é necessário fazer esse trabalho em conjunto, pois às vezes só um não resolve. Muitas pessoas ainda tem certo prejulgamento com ambos, acham que são coisas de louco, entretanto é essencial, podemos ter uma questão neural, faltando alguma vitamina ou neuro transmissor, por isso, a medicação pode ajudar naquele momento, principalmente em questões de ansiedade, depressão, TOC (Transtorno obsessivo-compulsivo), crises de pânico, e por aí vai.

Portanto, não tenham preconceito, e caso seja necessário, busquem ajuda.

TALITA SOUZA – Mais uma pergunta sobre esse assunto: Uma pessoa deve ter uma consulta com ambos? Ou o psiquiatra já irá diretamente conversar com ela e auto medicá-la?

LUDMYLA CRISTIANE – Não, é fundamental que seja com os dois, já que cada um tem sua área, não irão fazer o trabalho um do outro. É imprescindível que inicie a terapia, e assim, o psicólogo irá perceber se é necessário ou não fazer o acompanhamento com o psiquiatra, daí você vai e o profissional te indicará a medicação, geralmente, com o processo de uma ida ao mês até lá, toma o remédio durante 30 dias e retorna para observar se fez diferença, caso não, ele irá modificando a fórmula e quantidade para ter resultado. Assim, semanalmente com o psicólogo e mensalmente ou a cada 45 dias com o psiquiatra.

TALITA SOUZA – Sobre estágios, para qual área pende mais na hora de contratarem? Como exemplo na minha, as redes sociais e monitorias são as em alta. Tem alguma assim na psicologia?

LUDMYLA CRISTIANE – Pude perceber bem mais para a área social, em que creio que precise mais de pessoas atuando, então associações e abrigos estão mais dispostos e abertos para receber estagiários. Algumas empresas também, geralmente o RH (por ganhar bem também (risos) é bem cobiçado, logo, volta-se mais ou para a área social ou RH, os mais disputados.

Na época que eu fiz, realizei estágios em muitos locais interessantes, além de empresas por um certo tempo, na associação LGBTQ+, escolas tanto para acompanhar alunos complementares do EJA (Educação para Jovens e Adultos) como para da parte infantil. Já atuei em abrigos para mulheres vítimas de abusos que normalmente tem seus filhos e por isso não podem ir para qualquer recinto, então há esse espaços dedicados, lar para idosos, em UBSs verificando o SUS dando assistências especialmente para o pessoal de risco e vulnerabilidade, e também, abrigos para moradores de rua. Cada um desses citados tem uma realidade diferente, por isso é essencial observar de perto para ver se aquilo é onde realmente você deseja estar, se é com o ser humano que você quer lidar, e é enriquecedor, faria tudo de novo!

TALITA SOUZA – É ótimo isso, quando fazemos valer a pena no decorrer do caminho! E com todo esse público que você interagiu, qual foi o mais marcante?

LUDMYLA CRISTIANE – Acho que o abrigo para mulheres, chamado de Marta e Maria, havia muitas mulheres com seus filhos. Na época eu fui junto com uma dupla, nós focamos nas crianças. Foi bem interessante e triste ver como a vida de uma pode, devido a um erro de adulto, ser modificada. Todas elas já estavam longe de suas famílias, lares e escolas por um casamento desfeito, um pai agressor ou abusador. Logo, observamos como o trilho de alguém pode modificar e como os pequenos ressignificam esse momento, pois levávamos doações, brincadeiras, que apesar do ambiente frio e sofrido por tudo aquilo em que aquelas mulheres estavam vivendo, as crianças conseguiam simbolizar o período sem abandonar a infância, o que para mim foi emocionante na época!

Com moradores de rua também, fazíamos estágio em um abrigo que até determinado horário podiam ir lá para jantarem e dormir. Me recordo que tinha uma época na qual recebiam auxílio do governo, e com isso enviavam para a família certa parte, o resto alguns acabavam usando com drogas, diante disso fazíamos rodas de conversas a fim de levar a psicologia para o local, havia até momentos que estavam muito alterados, sem condições, contudo, não podíamos privá-los de estarem ali. Já aconteceu inúmeros momentos constrangedores de confundirem nós com prostitutas, de fazerem piadas por sermos duas mulheres dentro de um abrigo masculino com indivíduos que utilizavam entorpecentes, mas foram momentos que nos fizeram amadurecer, principalmente olhando para a minha área, por isso, esses dois períodos foram significativos no decorrer da faculdade.

TALITA SOUZA – Realmente torna-se algo que temos que ter ideia, analisar e dar uma estudada antes de chegar, fazer pesquisas para já estarmos preparados.

LUDMYLA CRISTIANE – Isso mesmo, sem deixar a peteca cair e ter jogo de cintura, pois não dá para virar e sair correndo. Se você se propôs a estar naquele local, deve estar preparado.

TALITA SOUZA – Já atualmente, como está sendo os atendimentos? Com a pandemia, li que muitas mulheres acabam ficando mais próximas ainda de seus abusadores, correto? Já que a sua área é voltada para esse público, encontra-se mais complicado?

LUDMYLA CRISTIANE – Não tive casos que sofreram por estar com seu abusador em casa, porém, ajudo uma associação de mulheres, denominado “As Justiceiras”, e com essa quarentena teve um grande acréscimo, então são mulheres de todas as áreas, como advogadas, psicólogas, policias que estão ajudando nesse momento, mulheres que passam por abusos em suas residências, logo, é questionado: Como fugir do seu abusador, se ele se encontra 24h com você?

Alguns sites, como Magazine Luiza, oferecem em seus apps botões de emergência caso necessário, o número 180 também, e as justiceiras que se encontram amparando bastante nesse processo.

Desde março estou atendendo em casa e sem previsões para voltar, apesar de já estar ocorrendo aberturas de comércios, ainda creio ser arriscado tanto para a minha saúde como a do paciente, mesmo com todos os cuidados. Portanto, tenho feito somente atendimentos online até o momento, e está sendo bom para ambos os lados, até o momento ninguém abandonou, apenas tivemos que nos adaptar por alguns terem perdido seus empregos, redução de rendas, entre outros fatores. Estamos realizando a cada quinze dias, outros fazendo um pacote mensal, e assim vamos nos ajudando! Pois acredito ser o momento para isso, se ajudar.

Há ainda, pessoas com dificuldades em casa devido à presença junto a família jamais vivida antes, 24h ali, sendo idoso, criança, marido com quem já não estava muito bem no casamento, sobretudo mulheres com filhos pequenos, dando conta da casa, do marido... Tenho recebido muitos casos com essa queixa, de não estar dando conta da nova rotina, pois a antiga já era pesada, e sem poder sair para aquela fuga da realidade, uma pausa, é extremamente difícil para muitas.

O conselho Regional de Psicologia (CRP), adequou também esse tipo de atendimento, e tem sido uma boa experiencia, eu e meus pacientes nos adaptamos bem. Por enquanto presumo que até janeiro, manterei assim, de forma remota.

TALITA SOUZA – Nós pensamos em como pessoas com a uma vida estável já desejam estar fora de casa nesses tempos, quem dirá vítimas desses tipos de relações, é o dobro do peso nas costas.

LUDMYLA CRISTIANE – A pessoa sair de casa era uma fuga, né?! Ou as crianças irem à escola, o marido para o trabalho, logo com a pandemia, estamos todos presos. E muitos, ainda estão criando transtornos como o TOC, dado que a mídia levanta intensamente questões de higiene que devemos ter, por isso há muitos lavando as mãos, fazendo limpezas excessivas, logo, com as repetições, criam transtornos que até as pessoas nem imaginavam desenvolver agora estão, causando sofrimento.

TALITA SOUZA – Como conselhos para os futuros psicólogos que desejam ingressar, você teria alguma dica de uma habilidade que podem desenvolver?

LUDMYLA CRISTIANE – Uma boa escuta, pois geralmente gostamos de falar e não ouvir, então desenvolvê-la, e diminuir totalmente os julgamentos, pois um dos defeitos do ser humano é julgar. (risos) Portanto, baixá-los, e suspender os “achismos”, já que não devemos achar nada, e sim ter a certeza daquilo que estamos dizendo embasados em teorias para ajudar aquele indivíduo, com olhar e ouvidos totalmente profissionais, sem culpa e julgamentos.

TALITA SOUZA – Para finalizar esse papo com dicas do que esperar na faculdade, a sua presença em muitos projetos e locais que mexeram com suas emoções, acredito que seja até mesmo ter a paciência com o próximo, correto? Saber lidar.

LUDMYLA CRISTIANE – Sim, pois vamos sem saber, e acredito não ser somente em psicologia, mas também em todos os cursos, não entendemos muito o que é aquilo e vamos descobrindo o que é de fato indo de peito aberto, seguir a profissão se estiver de fato disposto a trabalhar com pessoas. Desse modo, encaramos levar e trazer o melhor e o pior, dispostos a ser os ouvidos que irão escutar aquilo que a pessoa tem vergonha e ajudá-la a passar dessa fase, daquilo que a trouxe até você.

Como dica, observo muitos estudantes entrando no curso por achar que não há matemática, mas não é somente isso, até porque tem estatísticas e pensando que em algum momento você também precisará de terapia. Os professores sempre falam para fazer e lidar com os seus monstros antes de lidar com os do outro, caso tenha algum preconceito ou dificuldade, saibam que em algum momento você deverá encarar a terapia.

No curso há matérias incríveis que nem imaginamos conter e do quanto nosso corpo é uma máquina! Como um quebra-cabeça, juntando uma peça na outro fazendo muito sentido.

Por fim, se a pessoa já estiver iniciando ou iniciará, digo: Se doe 100% em cada semestre, pois é muito conteúdo, sejam como esponjas e suguem o máximo dos professores e terapeutas.

Saímos bem mais maduros e humanos.

TALITA SOUZA – Imagino bastante! É como uma professora ressaltou para mim uma vez, o pessoal julga muito ao dizer que exatas é mais complicado que humanas, todavia, o ser humano nunca foi fácil.

LUDMYLA CRISTIANE – Sem esquecer que não tem uma fórmula mágica, uma resolução. Cada um tem sua dificuldade, você não irá chegar na sessão e terá uma magia, é um processo conjunto, um passo de cada vez com paciência.

TALITA SOUZA – De verdade Lud, agradeço de coração por esse tempo concedido, já até cogitei em ir para a área! (risos)

LUDMYLA CRISTIANE – Quem sabe após o jornalismo, não!? Eu que agradeço estar aqui hoje, espero que essa conversa esclareça as dúvidas e caso precisem, contem comigo!

TALITA SOUZA – Pessoal, cada queiram entrar em contato com a Ludmyla: https://www.instagram.com/psicologa.ludmyla/

Espero que tenham curtido esse 4° episódio e um beijo no coração de cada!


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